Mega Artesanal 2011

17/04/2011 11:39

MEGA ARTESANAL 2011


  Arte e técnicas de artesanato levam100 mil pessoas à Mega Artesanal 2010 e mostram a importância do setor para a economia brasileira.


Décima edição da feira aconteceu entre os dias 29 de junho e 04 de julho, em São Paulo. Contou com cerca de 300 expositores, que apresentaram novidades em insumos e produtos acabados e ministraram milhares de cursos. Feira foi palco também de sete exposiçoes, de homenagem ao artista Rolando Boldrin, da entrega dos prêmios aos vencedores do Concurso Arte Consciente e Artesão do Ano, entre outras atrações.

Julho de 2010 – Contatos, negócios, oportunidades, cursos de capacitação, novidades e exposições culturais movimentaram a Mega Artesanal 2010, que aconteceu no Centro de Exposições Imigrantes, em São Paulo, de 29 de junho a 4 de julho de 2010. A décima edição do evento recebeu cem mil pessoas em busca de novidades, tendências, produtos, cursos, enfim, tudo sobre artes e técnicas de artesanato. Em uma área de 33 mil m2, a Mega Artesanal abrigou a indústria, o comércio e artesãos e confirmou sua vocação para despertar artistas e para ensinar novas técnicas para quem já trabalha com artesanato: nos cinco dias de feira, foram ministrados milhares de cursos como pintura em madeira e em tecido, scrapbooking,decoração de cupcakes, decoupage em 3D e muitos outros. Só a Acrilex ofereceu cinco mil cursos.

Os portões do evento abriam às 11h, mas o movimento na Mega Artesanal começava cedo. Caravanas vindas de vários lugares do Brasil traziam os visitantes que aguardavam ansiosos na fila para conhecer as novidades dos 300 expositores. Sirlea Aparecida Alencar Furtado e Mariliza Raftopolos vieram em uma caravana de 89 pessoas que saiu às 23h de quinta-feira de Angra dos Reis, RJ, e chegou a São Paulo às 7h da manhã de sexta-feira. As duas artesãs participam de associações em Angra dos Reis e dão aulas de artesanato. “Viemos até aqui para comprar, conhecer as novidades, fazer os cursos de capacitação e aprender novas técnicas”, disse Sirlea. Mariliza complementa que apesar da quantidade de artesãos no Rio de Janeiro, lá não existe uma feira tão completa quanto a Mega Artesanal, que atende a toda cadeia produtiva do artesanato.

Já Thais Fernandes veio de Águas de Lindóia, interior de SP, também em uma caravana. Lá é professora de escola municipal e participa do projeto Núcleo de Educação Complementar – NEC –, que visa a ensinar às crianças valores morais, reforço escolar, recreação e atividades artísticas. “Venho até aqui em busca de ideias para aplicar na sala de aula para que os alunos possam desenvolver suas habilidades artísticas e no futuro até utilizá-las em uma profissão. De acordo com a idade a criança trabalha com patchwork, pintura, colagens, EVA”, afirma Thais.

A Mega Artesanal atrai artistas também. Cristina Marioti de Paiva, por exemplo, descobriu seu talento há 10 anos e desde então pinta telas. Mas está sempre querendo aprender mais e conhecer novas técnicas. Com madeira, por exemplo, nunca tinha trabalhado. Nessa edição da Mega Artesanal, aproveitou para aprender técnicas exclusivas para esse material. No estande da Acrilex, fez uma caixa de madeira decorada com desenho de flores, e na Litoarte aprendeu a arte francesa. Cristina aproveitou bem os dois dias em que esteve na feira: ”acho que já fiz seis cursos e quero fazer ainda mais”, disse ela. Quem também já faz trabalhos com EVA mas esteve na Feira para aprender novas técnicas e encontrar novidades foi Elaine Inocêncio. Ela visitou a Mega Artesanal na quinta-feira e no sábado, fez cursos, comprou insumos e ficou surpresa com a quantidade de lançamentos. “Encontrei EVA tigrado, listrado, xadrez, com brilho, padronagens que ainda não vi nas lojas”, disse.

Quem acha que só as mulheres gostam de artesanato está enganado. Elas são a maioria, mas muitos homens foram até a Mega Artesanal, seja para conhecer, para se reciclar ou para aprender. No sábado dia 03, por exemplo, quem enfrentou quase uma hora de fila na Toke e Crie foi o professor de educação artística da Rede Estadual de Ensino Paulo Saraguza. “Esse é o terceiro ano que venho na Mega Artesanal. É uma forma de conhecer novas técnicas e novos produtos e levar isso para a sala de aula”, disse Paulo, que também dá aulas de pintura em tela. Paulo não estava sozinho. Trouxe o amigo, Francisco de Assis, que já tinha feito três cursos no sábado e pretendia adotar o artesanato como hobby.

Boa para o público e para os expositores, a Mega Artesanal é uma vitrine e ambiente de excelentes negócios. “Temos total satisfação em apoiar, patrocinar, ensinar e incentivar o artesanato. É nosso papel trazer novidades, ensinar novas técnicas de pintura. Atendemos mais de 7.000 pessoas diretamente, que realizaram cursos de diferentes técnicas, todos gratuitos. A Mega Artesanal é a grande oportunidade que temos de falar diretamente com nosso consumidor final”, disse Osni Francisco Junior, do marketing da Acrilex. “A feira foi ótima. Presença de muitos artesãos, todos os dias. Estava bem divulgada, tanto que mesmo no dia do jogo do Brasil teve um público considerável. Atendeu nossas expectativas quanto à divulgação dos lançamentos e técnicas artísticas sobre o isopor”, completou Fabiana Atui, gerente comercial e de marketing da Só Isopor.

As atrações que tomaram conta dos 33 mil m2 da feira

A décima edição da Mega Artesanal 2010 atendeu toda a cadeia envolvida no artesanato. A indústria apresentou no Pátio da Indústria as novidades e ministrou milhares de cursos e demonstrações para as pessoas interessadas no assunto. A Skil, por exemplo, apresentou serras tico-tico de bancadas indicadas para moveleiros, marceneiros e pessoas que fazem trabalhos artesanais em madeira, e a Condor apresentou a nova linha Mousse de pinceis, indicados para superfícies planas, como papel, madeira, tela, vidro, metal, EVA, entre outros No Paço do Comércio os visitantes puderam visitar lojas e ateliês para adquirir matérias-primas para o trabalho artesanal, como essências, caixas de MDF, tintas, ferramentas, além de produtos prontos. A Scrap Sampa, por exemplo, levou para a feira uma máquina elétrica que corta pasta americana e biscuit em formatos diferentes para decorar bolos, e Peter Paiva levou seus sabonetes artesanais em forma de frutas e de doces, em especial, o chocolate.

Já a Praça do Artesão reuniu artesãos como Natália Moreno Valzachi, da Preta e Pink, de São Caetano do Sul, que durante a Feira trocou o mouse por um banquinho e disse que o resultado foi excelente. Normalmente ela vende bijuterias, bolsas e cachecóis pela internet, mas decidiu apostar na Mega Artesanal e não se arrependeu: “Vendi a produção de um mês”, afirmou. O mesmo aconteceu com a Artesanatos Halue, do Guarujá, especializada em acessórios pintados à mão. Segundo Thomas H. M. Oku, em cinco dias de Mega ele vendeu o que normalmente corresponde a um mês de vendas.

Internacionalização

Expositores internacionais também estiveram na Mega Artesanal mostrando a arte de seus países. O México foi representado com a “Mostra de Artesanias Mexicanas”, que apresentou as tradicionais pinhatas, ornamentos bastante utilizados nos aniversários das crianças mexicanas, tequilas e tecidos. “Nossa ideia é difundir o artesanato mexicano no Brasil para medirmos a aceitação do brasileiro e depois iniciarmos as vendas”, disse José Ramirez Funes, responsável pela Mostra. “O artesanato mexicano utiliza cores mais fortes que o brasileiro”, complementou. O Peru também esteve presente na feira com o World Inca Peru, que comercializou objetos de decoração feitos com cabaça, jogos de tabuleiro e muitos espelhos ornamentados. A Mega Center Bookstore, editora de revistas peruana, veio ao Brasil para conhecer o mercado. “Trouxe algumas professoras para ensinar artesanato peruano aos brasileiros. A intenção é de publicarmos nossas revistas sobre o tema, que são vendidas no Peru, Bolívia, Chile, Argentina e aqui no Brasil também”, disse Falcony Gutierrez, gerente geral da editora.

Prêmio Artesão do Ano e homenagem a Rolando Boldrin

A quarta edição do Prêmio Artesão do Ano foi entregue no primeiro dia do evento. Foram quinze mil votos para eleger treze vencedores nas mais diversas categorias, como artesanato, biscuit, patchwork, reciclagem. Na mesma ocasião Rolando Boldrin foi homenageado pela contribuição que dá ao artesanato brasileiro, pelo esforço em fazer esta arte ser reconhecida. Muito emocionado, agradeceu ao apoio das pessoas ao seu trabalho de anos. Além disso, Boldrin entregou o troféu aos dois grandes vencedores da noite, Luis Moreira, eleito pelo público, e Ricardo Muraca, eleito pelo júri, na categoria Artesão do Ano.

Concurso Arte Consciente



O II Concurso de Arte Consciente envolveu artesãos de diferentes pontos do país, que de 10 de maio a 20 de junho enviaram seus trabalhos para a sede da WR São Paulo, organizadora da Mega Artesanal e do concurso. Valia todo trabalho fiel ao tema “África: A Diversidade de um Continente” e criado com material reciclável ou reutilizado, como garrafas PET, sementes, vidros. A escolha foi feita por uma comissão julgadora nomeada pela própria WR e considerou a criatividade, o uso das técnicas empregadas, grau de dificuldade, compatibilidade com o tema, originalidade no uso dos materiais, inovação e acabamento.

A grande vencedora foi Mirian Tatsumi, de São Paulo, que usou plantas naturais, folhas e pétalas para retratar animais típicos da África no quadro “Time de Feras”. A girafa, por exemplo, foi feita com pétalas de rosas e girassol, enquanto o leão foi feito com cascas de berinjela.

A segunda posição ficou com Marli Aparecida Ribeiro, de Ribeirão Preto. A obra “Abayomis” mostrou a união do povo africano por meio de bonecos de mãos dadas, feitos com caixotes de madeira, couro ecológico, restos de lã e semente. O terceiro lugar foi para Jonielson Araújo, de São Paulo, que combinou a técnica de papel machê com técnicas mistas de pintura e modelagem para criar a escultura “Mama Africa”. Com cerca de 40 cm, a africana foi criada com papel, papelão, arame e palha de buruti, entre outros materiais.

O prêmio para os vencedores do II Concurso de Arte Consciente foi uma máquina Dremel, oferecida pela empresa de mesmo nome, uma cesta com diversos produtos artesanais e um troféu criado por Paulo Leonardo.

A Mega Artesanal também foi palco de exposições de origami, oshibana, patchwork, pintura em seda e terracota, entre outras.

A Mega Artesanal 2010 foi organizada pela WR São Paulo Feiras e Congressos e teve como patrocinadores Acrilex, Casa da Arte, Condor, Editora Online e Gato Preto.

Sobre a WR São Paulo, Feiras e Congressos – Com mais de 15 anos e sede em São Paulo, promove e organiza feiras e eventos em âmbito nacional e internacional, e tanto próprios, como a Brazil Patchwork Show, Brazil Scrapbooking Show e Mega Artesanal, como para terceiros, como a Rio Artes Manuais e o Congresso Internacional de Produtos de Madeira, entre outros.

Mais informações: www.megaartesanal.com.br

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